O Conselho de Moda Árabe anunciou a criação de um fundo voltado para apoiar marcas emergentes de moda provenientes dos países árabes, com um investimento de US$ 500.000 (quase 3 bilhões de reais na cotação atual) a cada dois anos destinado a um designer selecionado.
Intitulado AFC Fashion Fund, o programa de aceleração tem como objetivo expandir os negócios de designers ao cobrir os custos de três temporadas de desfiles, representação em showroom em Paris, coleções cápsula para o calendário de varejo do Oriente Médio, além de oferecer suporte por meio de networking na indústria e mentoria.
“Isso não é um prêmio. É uma evolução”, declarou Mohammed Aqra, diretor de estratégia do Conselho de Moda Árabe, em comunicado oficial. “O AFC Fashion Fund visa transformar um designer promissor em uma marca sustentável e pronta para exportação, levando o espírito da nossa região ao palco global”.
As inscrições para o primeiro ciclo do fundo estarão abertas em junho, com o anúncio do vencedor programado para outubro.
União de países
Fundado em 2015 por Jacob Abrian e Aqra, o Conselho de Moda Árabe lançou a Semana da Moda Árabe no mesmo ano, um evento bi-anual que apresentava desfiles de designers regionais. O evento se manteve ativo até 2023, quando foi rebatizado como Dubai Fashion Week sob a supervisão da vice-presidente sênior do Dubai Design District (D3), Khadija Al Bastaki.
A missão declarada do Conselho de Moda Árabe é estabelecer um sistema abrangente de moda que una 22 países árabes sob uma única bandeira. A Liga Árabe reconhece exatamente esse número de membros: Argélia, Bahrein, Comores, Djibuti, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Palestina, Catar, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Síria, Tunísia, Emirados Árabes Unidos e Iémen.