A intensidade dramática, que marcou a trajetória de Alexander McQueen nas passarelas, agora migra para os palcos da Broadway. Em setembro, durante a temporada da New York Fashion Week, estreia “House of McQueen”. A peça teatral promete recontar a vida e a obra do estilista britânico sob uma nova perspectiva.
Gary James McQueen, sobrinho do designer, assina a direção criativa do espetáculo e leva a produção ao circuito off-Broadway, consolidando mais um capítulo da reverência contemporânea ao legado do estilista.
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Contudo, a produção, escrita por Darrah Cloud e dirigida por Sam Helfrich, levou quase uma década para ser concluída. Ao longo desse período, o roteiro passou por cerca de 26 versões até alcançar sua forma final. Ainda que sem apoio institucional da Kering, a atual controladora da marca, o tributo teatral conta com peças de arquivo emprestadas por colecionadores anônimos, além de uma equipe de bastidores de alto calibre. Entre os nomes envolvidos, destacam-se o cenógrafo Jason Ardizzone-West e a figurinista Kaye Voyce, ambos com experiência em produções de grande impacto visual.
Conforme destacou o portal FFW, o espetáculo pretende emocionar uma nova geração de admiradores. Muitos dos quais conhecem McQueen apenas pelas redes sociais e pelas imagens icônicas que marcaram sua carreira. Entre elas, o holograma etéreo de Kate Moss no desfile The Widows of Culloden, de 2006. E as composições maximalistas da lendária coleção “Horn of Plenty”, de 2009, permanecem vívidas na memória coletiva da moda.
Combinando dramaturgia, moda e memória, “House of McQueen” não apenas celebra o gênio criativo de um dos nomes mais influentes da alta-costura, mas também amplia sua presença simbólica em novos territórios culturais.