Em uma fase decisiva da carreira, o DJ e produtor unfazed reflete sobre sua trajetória, o impacto de “Gira” — faixa que alcançou projeção internacional e ganhou remix de David Guetta —, além de comentar sua relação com a Plusnetwork e a tão aguardada estreia no Tomorrowland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo. A seguir, ele compartilha detalhes e sentimentos sobre essas conquistas em um bate-papo exclusivo.
Como a paixão pela música desde a infância influenciou sua trajetória e como você define seu estilo musical hoje?
Desde pequeno, eu já sabia que a música era a minha vibe. Aos 7 anos, comecei a tocar violão e isso acabou virando a base do que faço até hoje. Também toquei em escolas de samba no carnaval da minha cidade, o que me ajudou a aprender vários instrumentos e trouxe muita experiência legal para a minha música.
Hoje, meu som fica entre o house e o afro house, com uma pegada bem orgânica e cheia de groove. Gosto de fazer faixas que funcionem tanto para a galera dançar quanto para quem quer ouvir numa boa, mais tranquilo. Meu estilo tem emoção, percussão forte e uma identidade bem única. É isso que me move quando estou criando!
“Gira” rapidamente se tornou um marco na sua trajetória. Como você enxerga o impacto dessa faixa e o que significa agora vê-la remixada por David Guetta?
“Gira” foi a minha terceira música lançada e mudou completamente o rumo do meu projeto. Alcançou o Top 1 overall no Beatport, recebeu suporte de grandes nomes da cena eletrônica mundial e já soma quase 20 milhões de plays. É uma faixa que carrega um significado profundo e, agora, ver o David Guetta fazer um remix dela é a realização de um sonho. É a prova de que a música tem o poder de atravessar fronteiras.
Como surgiu o remix e como foi o processo até chegar ao lançamento com o Guetta?
A história de “Gira” é muito pessoal. A ideia de regravá-la surgiu por influência do meu tio, que sempre foi apaixonado por essa música e me apresentou à sua força espiritual e cultural. Ela tem um peso simbólico pra mim, tanto pela conexão religiosa quanto pela minha própria história familiar. Meses depois do lançamento original, o remix veio de forma inesperada — o próprio Guetta demonstrou interesse na faixa. Saber que ele se conectou com a música e quis reimaginá-la no som dele foi algo gigante. Esse lançamento representa um divisor de águas na minha carreira.
Como tem sido fazer parte do casting da Plusnetwork e contar com a gestão da carreira por uma agência que representa grandes nomes da música brasileira?
Tem sido uma virada de chave. Estar com a Plus me trouxe estrutura, visão estratégica e um time que realmente acredita no meu som e no meu potencial. É muito mais do que agenciamento, é parceria! Eles entendem o que eu quero construir artisticamente e me ajudam a transformar isso em realidade, com posicionamento, planejamento e oportunidades que fazem diferença na minha trajetória. É bom saber que estou cercado por pessoas que compartilham dos mesmos valores e que estão comigo em cada passo.
Você também está confirmado no lineup do Tomorrowland este ano. O que representa para você participar de um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo?
Estar no lineup do Tomorrowland é, sem dúvida, uma das maiores conquistas da minha carreira até agora. Sempre foi um sonho tocar nesse festival, que é uma referência global em produção, curadoria e alcance. É uma chance de apresentar meu som para um público diverso e exigente, além de dividir o palco com artistas que sempre admirei. Levar a minha identidade musical para esse cenário é uma grande responsabilidade, mas também uma celebração do caminho que venho construindo.