Em Máquina do Tempo, o found footage, técnica associada a filmes de terror e suspense, recebe uma nova abordagem. Dirigido por Andrew Legge, o longa mistura ficção científica e drama histórico para contar a história de duas irmãs que criam um dispositivo capaz de captar transmissões do futuro durante a Segunda Guerra Mundial.

A trama segue Thomasina e Martha, jovens cientistas. Inicialmente, elas usam a invenção para explorar a cultura das próximas décadas. No entanto, ao perceberem o potencial estratégico do aparelho, decidem transformá-lo em uma ferramenta de inteligência militar. Isso altera o curso da história. Martha registra tudo com sua câmera, criando uma estética autêntica e imersiva.

Foto Divulgação

Para aumentar a sensação de realismo, Legge filmou com equipamentos originais da década de 1930, como câmeras e lentes da época. Além disso, usou um tanque de revelação de 16mm da era soviética para processar o filme. O resultado é uma imagem granulada em preto e branco, semelhante aos registros históricos da Segunda Guerra. Embora as filmagens coloridas já existissem naquele período, a escolha do preto e branco mantém a coerência com os recursos disponíveis para as protagonistas.

A trilha sonora combina passado e futuro, mesclando peças clássicas de Edward Elgar com músicas da contracultura dos anos 1970, como David Bowie e The Kinks. Essa fusão reforça a proposta de brincar com a percepção do tempo e da memória.

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Com Stefanie Martini e Emma Appleton nos papéis principais, Máquina do Tempo oferece uma experiência única, unindo história, ficção científica e a atmosfera do found footage.

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