O aguardado filme 12.12: O Dia estreia nos cinemas brasileiros em 20 de março, distribuído pela SATO Company. Selecionado para representar a Coreia do Sul no Oscar 2025, o longa foi a maior bilheteira coreana de 2023. Assim, a produção aborda um dos momentos mais significativos da história sul-coreana: o golpe militar de 1979, cujas repercussões ainda reverberam nos debates políticos atuais.

Sinopse: O golpe militar de 1979

A trama recria, com detalhes impressionantes, os eventos da noite de 12 de dezembro de 1979, quando o assassinato do presidente Park Geun-hye levou à imposição da Lei Marcial e ao início de um golpe militar. O comandante Chun Doo-gwang, interpretado por Hwang Jung-min, assume o controle com o apoio de outros oficiais. Por outro lado, o comandante Lee Tae-shin, vivido por Jung Woo-sung, se opõe ao uso do exército para fins políticos, o que o leva a lutar para evitar que o golpe seja consolidado.

Elenco e produção detalhada

Além disso, o elenco conta com grandes nomes como Lee Sung-min, Park Hae-joon e Kim Sung-kyun, todos imersos em seus papéis. Para garantir a autenticidade histórica, a produção usou locações reais em Seul, além de recursos gráficos e consultoria militar. O cuidado com os detalhes é visível em cada cena, permitindo que o público sinta-se transportado para a época.

Direção e visão de Kim Sung-soo

Dirigido por Kim Sung-soo, conhecido por obras como Asura: The City of Madness, o filme mistura eventos reais com ficção para aumentar a tensão da narrativa. Kim, que viveu pessoalmente os eventos de 1979, compartilha sua experiência: “Lembro-me de sentir o ar gelado daquela noite e ouvir os tiros. Foi uma experiência aterrorizante, mas ao mesmo tempo cheia de curiosidade”. Essa conexão do diretor com os acontecimentos trouxe uma carga emocional, a qual se reflete nas cenas e diálogos.

Cenários e meticulosidade na produção

Além disso, os cenários de 12.12: O Dia foram projetados com grande meticulosidade para refletir a complexidade dos personagens. Por exemplo, o escritório de Chun Doo-gwang, com suas cores vermelha e azul, simboliza sua ambição e a sede de poder. Em contraste, o espaço de Lee Tae-shin, cercado por paredes de vidro, transmite sua vigilância e o isolamento que ele sente ao se opor ao golpe. Locais como o Bunker B2, que foi minuciosamente reconstruído, combinam elementos reais com computação gráfica, criando uma imersão total na história.

Reflexões sobre o presente

Por fim, 12.12: O Dia vai além de uma recriação histórica. O filme também oferece uma reflexão sobre os desafios da democracia nos dias atuais. Ele nos lembra que a liberdade nunca é garantida e que deve ser protegida a todo custo. Assim, em tempos de fragilidade política, a história do golpe militar de 1979 serve como um alerta, mostrando como a liberdade pode ser ameaçada de maneiras inesperadas.

Veja o trailer:



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