A palestra da pesquisadora Kaley Killam, no SXSW 2025, ganhou destaque na imprensa mundial. Formada em Ciências Sociais por Harvard e especialista em conexões humanas, Killam alerta que estamos diante de uma revolução nas relações humanas. Em um mundo totalmente conectado e movido por algoritmos, ela ressalta que o futuro da saúde vai além do aspecto físico e mental; passa, sobretudo, pela qualidade das nossas conexões com outras pessoas.

A importância das conexões humanas

Nos últimos anos, o debate sobre saúde mental cresceu consideravelmente, especialmente no pós-pandemia, quando o isolamento nos mostrou o quão essencial é a conexão humana. No Brasil, foi apenas durante e após a pandemia que o tema entrou definitivamente na pauta das empresas. Como sócia da Agência Casé Fala, vi um aumento significativo de solicitações de palestras sobre essa questão. Observo essa mudança com muito interesse e, às vezes, até com certo espanto.

A verdade é que tenho a sorte de ter uma “Kaley Killam” em casa. Sério! Se minha sócia Patrícia Casé tivesse escrito um livro, certamente seria uma referência nacional nesse tema. Eu vivi e vivo isso diariamente. Patrícia sempre me conduziu para esse lugar de valorizar as conexões humanas. Por ter nascido no interior, sempre tive uma relação muito próxima com amigas e vizinhas. Mas, em uma megalópole como São Paulo, as pessoas são isoladas. Parece que estamos sempre rodeados por muitas conexões, mas, muitas vezes, elas são superficiais e não têm profundidade suficiente para impactar nossa saúde mental. Esse, inclusive, é um ponto para outra discussão.

Um ambiente de trabalho conectado e feliz

Desde sempre, Patrícia nunca me deixou esquecer a importância das conexões humanas. Sempre me incentivou a equilibrar trabalho e vida pessoal e achou cafona e exagerado quem se orgulha de ser “workaholic”. Lembro de um episódio curioso: certa vez, uma startup que atendíamos contratou um executivo de peso do mercado para o setor administrativo. O sócio da empresa marcou uma visita ao escritório da Casé Comunica para apresentar a equipe de assessoria de comunicação. O detalhe é que ele agendou essa visita para uma sexta-feira.

Sexta-feira à tarde, na Casé, sempre foi dia de subir para a sala de reunião, tomar champanhe, comer brigadeiro e dar risada. E foi assim que esse executivo encontrou a equipe: um grupo de mulheres felizes, lideradas por uma mulher com uma saúde social invejável. Após a reunião, Patrícia ofereceu champanhe, petiscos e, como sempre, espalhou sua energia contagiante. Depois, soubemos que o executivo achou a experiência “estranha”. Talvez tenha se surpreendido ao ver um ambiente de trabalho onde a alegria e a conexão genuína eram parte fundamental da cultura — e que sempre foi a marca da sua fundadora.

Uma lição para a vida

Nos últimos 20 anos, convivo diariamente com uma pessoa incansável na defesa da saúde social de qualidade. Em todas as suas relações, sejam profissionais ou pessoais, Patrícia prioriza a saúde física, mental, social e amorosa. Obrigada, Pat, por sempre me lembrar do que realmente importa!

Fabiana C D Oliva é especializada em comunicação corporativa pela FGV, cofundadora da @casefala e coordenadora de comunicação na @casecomunica