Neste ano, o chef Henrique Fogaça celebra os 20 anos do seu primeiro restaurante, o Sal Gastronomia, símbolo de uma cozinha autoral, urbana e sem firulas — a cara do próprio chef. Além disso, recentemente, o Sal entrou para a lista dos restaurantes indicados pelo Guia Michelin por oferecer extrema qualidade. Aos 51 anos, recém-completados em abril, ele também comemora a nova temporada do MasterChef Brasil e revela que está trabalhando em um novo projeto para a televisão: o programa O Mundo do Sal.
Nesta entrevista, Fogaça fala sobre maturidade, evolução e a busca por equilíbrio dentro e fora da cozinha.
Henrique, o Sal Gastronomia está completando 20 anos. O que passa pela sua cabeça ao olhar essa trajetória?
Abrir o Sal Gastronomia, em 2005, foi um baita desafio. Foi onde tudo começou: um espaço pequeno, com um fogão usado e uma mesa comunitária. Lá, eu evoluí e cresci bastante como cozinheiro e chef de cozinha. Então, olhar para trás e ver que o Sal está completando 20 anos é surreal. Já enfrentei altos e baixos, mas nunca perdi a essência. Hoje, temos duas unidades, uma na Bela Cintra e outra no Shopping Cidade Jardim. Além disso, recentemente, entramos para a lista de restaurantes recomendados pelo Guia Michelin por oferecer extrema qualidade! Ver esse crescimento me enche de orgulho. É uma história de resistência, trabalho duro e paixão.
O Sal sempre teve um estilo muito autoral, urbano, com um toque de rebeldia. Como essa identidade foi se transformando com o tempo?
A base do Sal continua a mesma: comida com personalidade e sabor de verdade. Mas, é claro, evoluí. A gente aprende, experimenta, erra, acerta. Trouxe novas técnicas, ingredientes e também escutei muito minha equipe e meus clientes. A cozinha do Sal hoje é mais madura, mas sem perder a pegada rock’n’roll que sempre me guiou.
Você tem outros empreendimentos, mas o Sal foi seu primeiro restaurante. O que ele representa para você hoje?
O Sal é minha raiz. É onde tudo começou, onde coloquei a cara, o nome, o coração. Ele representa minha alma como chef, é onde me reencontro. Cada prato ali tem uma história, uma vivência minha.
Neste mês de maio estreia a nova temporada do MasterChef. Como foram as gravações?
Foi especial. Gravei essa nova temporada de uma forma leve, com mais clareza sobre o que quero passar. O programa continua sendo uma vitrine incrível para quem ama cozinhar e quer transformar a vida. E eu volto com mais bagagem, pronto para trocar, ensinar e aprender também.
Depois de mais de 10 anos como jurado do programa, o que os fãs podem esperar nesta nova temporada?
Podem esperar o Fogaça de sempre: direto, exigente, mas justo. A gente vai ver talento, emoção, histórias de superação… e, claro, muita cobrança também. Porque a cozinha profissional exige entrega total.
Com 20 anos de Sal e essa nova temporada do MasterChef, como você equilibra o chef empreendedor e o cara da TV?
É um exercício de organização diária. Para isso, tenho uma equipe de confiança que segura a onda e me ajuda bastante. Tento equilibrar tudo com disciplina e presença. Quando estou nos meus restaurantes, estou ali por inteiro. Quando estou gravando, também. O mesmo faço quando estou com a minha família, com os meus filhos — me dedico 100% a todas as áreas da minha vida.

Você completou 51 anos em abril. Que balanço você faz da sua vida até aqui?
Fazer 51 anos é olhar para trás com gratidão e para frente com vontade de seguir evoluindo. Já vivi muitas coisas boas e ruins, aprendi com cada tombo. Hoje me cuido mais, me respeito mais. Sou pai, chef de cozinha, empresário, músico… mas, acima de tudo, sou um cara que busca equilíbrio e verdade. Estou vivendo uma fase mais consciente e quero seguir nesse caminho.
Para fechar: o que o público pode esperar de Henrique Fogaça daqui para frente?
Podem esperar cada vez mais autenticidade e entrega. Quero continuar criando, empreendendo, cozinhando e inspirando. Tem novos projetos vindo aí! Um deles é o novo programa de TV que estou desenvolvendo, chamado O Mundo do Sal, onde vou apresentar uma jornada ao redor do planeta para desvendar o protagonismo desse tempero na cultura, economia, arte, política, crenças, esporte e saúde dos povos. Então, se preparem para fortes emoções!