Realizado nos jardins do templo Toji, em Kyoto, a Dior apresentou a mais nova coleção Pre-Fall 2025 em um desfile que celebrou a junção entre a alta-costura francesa e a tradição japonesa. Sob a direção criativa de Maria Grazia Chiuri, o evento destacou a longa relação da marca com o Japão, evidenciada desde os anos 1950 por Christian Dior, que se inspirou na estética japonesa para criar peças emblemáticas e históricas.

A coleção atual retoma a conexão do estilo com a marca, incorporando tecidos brocados e silhuetas inspiradas em quimonos, por exemplo, desenvolvidos em colaboração com com artesãos, como os do ateliê Tatsumura.

O desfile, realizado durante a temporada das cerejeiras, proporcionou um cenário poético que reforçou a fusão entre as culturas francesa e japonesa. Na plateia, cerca de 600 convidados, entre artistas, jornalistas, clientes da marca e figuras influentes nas redes sociais, foram estrategicamente posicionados para amplificar a experiência da marca.

O evento também destacou inúmeras peças que mesclavam a elegância e tradição da Dior com detalhes artesanais japoneses, como os bordados delicados e os padrões florais.

Homenagens de longa data

Vale destacar que todos os estilistas que já estiveram à frente da maison prestaram homenagem à suas conexões com o Japão, tanto à sua cultura quanto à sua riqueza.

Marc Bohan, por exemplo, encenou um espetáculo espetacular em Tóquio em 1971, inspirado na tradição expressionista do teatro kabuki japonês. Já Gianfranco Ferré, também seguiu a mesma linha de raciocínio e mais tarde, John Galliano inspirou-se em “Madame Butterfly”, de Puccini, e na famosa pintura “A Grande Onda de Kanagawa”, de Hokusai, para sua alta-costura da primavera de 2007.

E Maria Grazia Chiuri deu continuidade a esse legado ao escolher Kyoto como cenário para sua coleção de pre-fall.